quinta-feira, dezembro 20, 2007

O Outro Lado do Espelho

"Gabinete do Secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor

INFORMAÇÃO À IMPRENSA

Esclarecimentos sobre a ASAE

Nas últimas semanas têm proliferado nos meios de comunicação social diversos artigos de opinião que visam denegrir e até ridicularizar a actividade da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), tendo mesmo surgido uma petição anónima que, via Internet, se insurge contra determinadas acções de fiscalização que, ou não foram realizadas, ou ocorreram dentro de contornos que não correspondem ao que tem sido veiculado.

À luz da legislação existente e tendo em conta o que tem sido, de facto, a acção da ASAE, entende-se ser do interesse dos consumidores esclarecer algumas questões.


Bolas de Berlim - A acção de fiscalização da ASAE relativamente às bolas de Berlim incidiu sobre o seu processo de fabrico e não sobre a sua comercialização na praia. O que a ASAE detectou foram situações de fabrico desses bolos situações sem quaisquer condições de higiene e com óleos saturados e impróprios para consumo. As consequências para a saúde humana do consumo destes óleos são sobejamente conhecidas. Em Portugal existem regras para os operadores das empresas do sector alimentar, que têm de estar devidamente licenciadas. Assim, todos bolos comercializados devem ser provenientes de um estabelecimento aprovado para a actividade desenvolvida. Quanto à sua venda nas praias, o que a legislação determina é que esses produtos devem estar protegidos de qualquer forma de contaminação. Se as bolas de Berlim forem produzidas num estabelecimento devidamente licenciado e comercializadas de forma a que esteja garantida a sua não contaminação ou deterioração podem ser vendidas na praia sem qualquer problema

Utilização de colheres de pau – Não existe qualquer proibição à sua utilização desde que estas se encontrem em perfeito estado de conservação. A legislação determina que os utensílios em contacto com os alimentos devem ser fabricados com materiais adequados e mantidos em bom estado de conservação, de modo a minimizar qualquer risco de contaminação. Por isso, os inspectores da ASAE aconselham os operadores a optarem pela utilização de utensílios de plástico ou silicone.

Copos de plástico para café ou outras medidas – Não existe qualquer diploma legal, nacional ou comunitário, que imponha restrições nesta questão. O tipo de utensílios a disponibilizar nas esplanadas dos estabelecimentos de restauração ou bebidas é da inteira responsabilidade do operador económico, sendo válida qualquer opção que respeite os princípios gerais a que devem obedecer os materiais e objectos destinados a entrar em contacto com os alimentos.

Venda de castanhas assadas em papel de jornal ou impresso – A ASAE não efectuou qualquer acção junto de vendedores ambulantes que comercializam este produto nem nunca se pronunciou sobre esta questão. No entanto, desde o decreto-lei que regulamenta o exercício da venda ambulante, refere que na embalagem ou acondicionamento de produtos alimentares só pode ser usado papel ou outro material que ainda não tenha sido utilizado e que não contenha desenhos, pinturas ou dizeres impressos ou escritos na parte interior.

Faca de cor diferente para cada género alimentício – Em todas as fases da produção, transformação e distribuição, os alimentos devem ser protegidos de qualquer contaminação que os possa tornar impróprios para consumo humano, perigosos para a saúde ou contaminados. Não sendo requisito legal, é uma boa prática a utilização de facas de cor diferente, pois esse procedimento auxilia a prevenção da ocorrência de contaminações cruzadas. Mas se o operador cumprir um correcto programa de higienização dos equipamentos e utensílios, entre as diferentes operações, as facas ou outros utensílios poderão ser todos da mesma cor.

Azeite em galheteiro – O azeite posto à disposição do consumidor final, como tempero, nos estabelecimentos de restauração, deve ser embalado em embalagens munidas com sistema de abertura que perca a sua integridade após a sua utilização e que não sejam passíveis de reutilização, ou que disponham de um sistema de protecção que não permita a sua reutilização após o esgotamento do conteúdo original referenciado no rótulo.

Bolo rei com brinde – É permitida a comercialização de géneros alimentícios com mistura indirecta de brindes, desde que este se distinga claramente do alimento pela sua cor, tamanho, consistência e apresentação, ou seja concebido de forma a que não cause riscos, no acto do manuseamento ou ingestão, à saúde ou segurança do consumidor, nomeadamente asfixia, envenenamento, perfuração ou obstrução do aparelho digestivo.

Guardar pão para fazer açorda ou aproveitar sobras para confeccionar outros alimentos – Não existe requisito legal que impeça esta prática, desde que para consumo exclusivo do estabelecimento e, desde que o operador garanta que os alimentos que irá aproveitar estiveram protegidos de qualquer contaminação que os possa tornar impróprios para consumo humano.

Géneros alimentícios provenientes de produção primária própria – Os Regulamentos não se aplicam ao fornecimento directo pelo produtor, de pequenas quantidades de produtos de produção primária ao consumidor final ou ao comércio a retalho local que fornece directamente o consumidor final.
Não obstante esta regra de exclusão, os referidos regulamentos estabelecem que cada Estado-Membro deve estabelecer regras que regulem as actividades e quantidades de produtos a serem fornecidas. Até à data não foi publicado o instrumento legal que concretize esta disposição.

Refeições não confeccionadas no próprio estabelecimento – O fabrico das refeições, num estabelecimento de restauração é uma actividade que se enquadra como actividade de restauração, estando sujeita às imposições do regime legal para o seu exercício. As refeições distribuídas num estabelecimento de restauração deverão ser produzidas no próprio restaurante, mas. caso não seja possível, estas deverão ser provenientes de um estabelecimento devidamente autorizado para o efeito, designadamente estabelecimento com actividade de catering. Nestes termos, não poderão as referidas refeições ser provenientes do domicílio do proprietário do restaurante ou de um estabelecimento que careça de autorização para a actividade que desenvolve.

Venda particular de bolos, rissóis e outros alimentos confeccionados em casa – O fabrico de produtos alimentares para venda é uma actividade que se enquadra como actividade industrial, estando sujeita às imposições do regime legal para o seu exercício, pelo que a venda destes produtos em local não licenciado para o efeito não é permitida. Para os estabelecimentos onde se efectuam operações de manipulação, preparação e transformação de produtos de origem animal, onde se incluem os rissóis e empadas, é necessária a atribuição de número de controlo veterinário, a atribuir pela Direcção-Geral de Veterinária.

Licenciamento da actividade artesanal – O estatuto de artesão é reconhecido através da emissão do título “Carta de Artesão”, sendo que a atribuição da mesma, supõe que o exercício da actividade artesanal, no caso vertente da produção e preparação e preparação artesanal de bens alimentares, se processe em local devidamente licenciado para o efeito e que o artesão cumpra com as normas relativas à higiene, segurança e qualidade alimentar. Existem dois aspectos fundamentais: a obrigatoriedade de licenciamento dos locais onde são produzidos os bens alimentares e o cumprimento das normas aplicáveis em matéria de higiene e segurança alimentar.

Com este esclarecimento fica claro que os alegados abusos a que se referem esses artigos de opinião e a petição nada têm a ver com a real prática da ASAE. A actividade de fiscalização tem-se pautado pela transparência e pelo estrito cumprimento da legislação existente.

Lisboa, 19 de Dezembro de 2007"

sábado, dezembro 01, 2007

Proibido Comer???


Eles estão doidos!



Por António Barreto


A MEIA DÚZIA DE LAVRADORES que comercializam directamente os seus produtos e que sobreviveram aos centros comerciais ou às grandes superfícies vai agora ser eliminada sumariamente. Os proprietários de restaurantes caseiros que sobram, e vivem no mesmo prédio em que trabalham, preparam-se, depois da chegada da "fast food", para fechar portas e mudar de vida. Os cozinheiros que faziam a domicílio pratos “petiscos", a fim de os vender no café ao lado e que resistiram a toneladas de batatas fritas e de gordura reciclada, podem rezar as últimas orações. Todos os que cozinhavam em casa e forneciam diariamente, aos cafés e restaurantes do bairro, sopas, doces, compotas, rissóis e croquetes, podem sonhar com outros negócios. Os artesãos que comercializam produtos confeccionados à sua maneira vão ser liquidados.

A SOLUÇÃO FINAL vem aí. Com a lei, as políticas, as polícias, os inspectores, os fiscais, a imprensa e a televisão. Ninguém, deste velho mundo, sobrará. Quem não quer funcionar como uma empresa, quem não usa os computadores tão generosamente distribuídos pelo país, quem não aceita as receitas harmonizadas, quem recusa fornecer--se de produtos e matérias-primas industriais e quem não quer ser igual a toda a gente está condenado. Estes exércitos de liquidação são poderosíssimos: têm Estado-maior em Bruxelas e regulam-se pelas directivas europeias elaboradas pelos mais qualificados cientistas do mundo; organizam-se no governo nacional, sob tutela carismática do Ministro da Economia e da Inovação, Manuel Pinho; e agem através do pessoal da ASAE, a organização mais falada e odiada do país, mas certamente a mais amada pelas multinacionais da gordura, pelo cartel da ração e pelos impérios do açúcar.

EM FRENTE À FACULDADE onde dou aulas, há dois ou três cafés onde os estudantes, nos intervalos, bebem uns copos, conversam, namoram e jogam às cartas ou ao dominó. Acabou! É proibido jogar!

Nas esplanadas, a partir de Janeiro, é proibido beber café em chávenas de louça, ou vinho, águas, refrigerantes e cerveja em copos de vidro. Tem de ser em copos de plástico.

Vender, nas praias ou nas romarias, bolas de Berlim ou pastéis de nata que não sejam industriais e embalados? Proibido. Nas feiras e nos mercados, tanto em Lisboa e Porto, como em Vinhais ou Estremoz, os exércitos dos zeladores da nossa saúde e da nossa virtude fazem razias semanais e levam tudo quanto é artesanal: azeitonas, queijos, compotas, pão e enchidos. Na província, um restaurante artesanal é gerido por uma família que tem, ao lado, a sua horta, donde retira produtos como alfaces, feijão verde, coentros, galinhas e ovos? Acabou. É proibido. Embrulhar castanhas assadas em papel de jornal? Proibido.

Trazer da terra, na estação, cerejas e morangos? Proibido.

Usar, na mesa do restaurante, um galheteiro para o azeite e o vinagre é proibido. Tem de ser garrafas especialmente preparadas.

Vender, no seu restaurante, produtos da sua quinta, azeite e azeitonas, alfaces e tomate, ovos e queijos, acabou. Está proibido.

Comprar um bolo-rei com fava e brinde porque os miúdos acham graça? Acabou. É proibido.

Ir a casa buscar duas folhas de alface, um prato de sopa e umas fatias de fiambre para servir uma refeição ligeira a um cliente apressado?

Proibido.

Vender bolos, empadas, rissóis, merendas e croquetes caseiros é proibido. Só industriais.

É proibido ter pão congelado para uma emergência: só em arcas especiais e com fornos de descongelação especiais, aliás caríssimos.

Servir areias, biscoitos, queijinhos de amêndoa e brigadeiros feitos pela vizinha, uma excelente cozinheira que faz isto há trinta anos?

Proibido.

AS REGRAS, cujo não cumprimento leva a multas pesadas e ao encerramento do estabelecimento, são tantas que centenas de páginas não chegam para as descrever.

Nas prateleiras, diante das garrafas de Coca-Cola e de vinho tinto tem de haver etiquetas a dizer Coca-Cola e vinho tinto.

Na cozinha, tem de haver uma faca de cor diferente para cada género. Não pode haver cruzamento de circuitos e de géneros: não se pode cortar cebola na mesma mesa em que se fazem tostas mistas.

No frigorífico, tem de haver sempre uma caixa com uma etiqueta "produto não válido", mesmo que esteja vazia.

Cada vez que se corta uma fatia de fiambre ou de queijo para uma sanduíche, tem de se colar uma etiqueta e inscrever a data e a hora dessa operação.

Não se pode guardar pão para, ao fim de vários dias, fazer torradas ou açorda.

Aproveitar outras sobras para confeccionar rissóis ou croquetes? Proibido.

Flores naturais nas mesas ou no balcão? Proibido. Têm de ser de plástico, papel ou tecido.

Torneiras de abrir e fechar à mão, como sempre se fizeram? Proibido. As
torneiras nas cozinhas devem ser de abrir ao pé, ao cotovelo ou com célula
fotoeléctrica.

As temperaturas do ambiente, no café, têm de ser medidas duas vezes por dia e devidamente registadas. As temperaturas dos frigoríficos e das arcas têm de ser medidas três vezes por dia, registadas em folhas especiais e assinadas pelo funcionário certificado.

Usar colheres de pau para cozinhar, tratar da sopa ou dos fritos? Proibido. Tem de ser de plástico ou de aço. Cortar tomate, couve, batata e outros legumes? Sim, pode ser. Desde que seja com facas de cores diferentes, em locais apropriados das mesas e das bancas, tendo o cuidado de fazer sempre uma etiqueta com a data e a hora do corte.

O dono do restaurante vai de vez em quando abastecer-se aos mercados e leva o seu próprio carro para transportar uns queijos, uns pacotes de leite e uns ovos? Proibido. Tem de ser em carros refrigerados.

TUDO ISTO, como é evidente, para nosso bem. Para proteger a nossa saúde. Para modernizar a economia. Para apostar no futuro. Para estarmos na linha da frente. E não tenhamos dúvidas: um dia destes, as brigadas vêm, com estas regras, fiscalizar e ordenar as nossas casas. Para nosso bem, pois claro.

«Retrato da Semana» - «Público» de 25 de Novembro de 2007»

domingo, novembro 04, 2007

A todas as flores que já murcharam, mas que deixaram a sua semente na terra...

Para ti, "The Rose", da Amanda McBroom...
Diz muito daquilo que foste, e que continuas a ser no meu coração...
Um beijo com amor...



Some say love, it is a river,
That drowns the tender reed.
Some say love, it is a razor,
That leaves your soul to bleed.
Some say love, it is a hunger,
An endless aching need,
I say love, it is a flower,
And you it's only seed.

It's the heart, afraid of breaking,
That never, learns to dance.
It's the dream, afraid of waking,
That never, takes the chance.
It's the one, who won't be taken,
Who cannot, seem to give.
And the soul, afraid of dying,
That never, learns to live.

When the night has, been to lonely,
And the road has been to long.
That you think that love is only,
For the lucky and the strong.
Just remember in the winter,
Far beneath the bitter snows,
Lies the seed that with the suns love,
In the spring becomes the rose.

quinta-feira, setembro 06, 2007

Flash Gordo - E os Terriveis Teletubbies

Como é que eu não expus publicamente uma das pessoas mais encantadoras da minha vida????

quinta-feira, agosto 16, 2007

Why ????

Em relação com o post anterior, estas crianças, adultos, que aparecem no video, que passam fome, que morrem devido a guerras, que são refugiadas, sem minimas condições de sobrevivência e dignidade...

Eu pergunto... Porquê??? Será que não somos capazes de evitar que estas atrocidades acontecam??? Temos inteligência para fabricar armas capazes de dizimar metade da população mundial, mas não temos inteligência para salvar uma vida humana, um ser como nós, que sofre... E custaria muito menos que programas espaciais, os recursos todos que se monopolizam na criação de mais guerras...

Paz

"Paz é geralmente definida como um estado de calma ou tranquilidade uma ausência de perturbações ou agitação. Derivada do latim Pax = Absentia Belli, pode referir-se à ausência de violência ou guerra. Neste sentido, a paz entre nações, e dentro delas, é o objectivo assumido de muitas organizações, designadamente a ONU.

No plano pessoal, paz designa um estado de espírito isento de ira, desconfiança e de um modo geral todos os sentimentos negativos. Assim, ela é desejada por cada pessoa para si próprio e, eventualmente, para os outros, ao ponto de se ter tornado uma frequente saudação (que a paz esteja contigo) e um objectivo de vida. A paz é mundialmente representada pelo pombo."



http://pt.wikipedia.org/wiki/Paz


Acho que muitos seres humanos (ou não... dependendo do ponto de vista, meramente biologico, ou moral...) se esqueceram do significado desta palavra...
Basta ligar a televisão, folhear um jornal, ou ligar o rádio, para perceber que a tolerância, o respeito por cada cidadão, de plenos direitos (e também deveres, entre os quais, promover a tolerância entre costumes, ideais, religiões...) gradualmente desapareceram do vocabulário dos "mais altos dignatários"...

O incentivo à guerra, seja ela com intuito de "republicanizar" "democratizar" povos aos quais tais conceitos não fazem o minimo sentido, seja pela ganância de poder, está cada vez mais presente nos discursos de certos políticos (não quero referir nomes, mas todos sabem quais são...), num monopólio de interesses estratégicos, e de puro jogo com a vida humana...

"Morreram X pessoas em Y"
"Y foi bombardeado, morreram X pessoas e W estão gravemente feridas"

Será que vamos continuar a lidar com a morte de outros seres humanos como se de uma escolha pelo iogurte X ou Y se tratasse????


segunda-feira, agosto 13, 2007

Porcupine Tree

do seu último album...

absolutamente fantástico!!!

toda a gente deveria ver/ouvir/apreender...

Love?

Respondendo indirectamente a quem me censura por usar métodos de manipulação nas minhas relações amorosas, aqui fica o video e as letras de uma musica de alguem que partilha a minha opiniao.

"MARCH!!!

LOVE... is a way of feeling
LOVE is a way of feeling let alone
So what's all the fuss about?!?

"FUCK IT"
LOVE: the paradox of needing
OH LOVE,
MAKE WAY FOR BREEDING

GIVE IT TO ME! GIVE IT TO ME!
FUCK YOU AND YOUR TALK OF LOVE!

I know what I stand for;
I STAND FOR ME!!!

I'll wait for the night to come
So far, suicide at home
For I'm not the man you know
This love it's about control

OH WHAT A FEELING!!!!!
OH WHAT A FEEDING!!!!!
Know the chosen ones ARE HERE!
ALL HAIL!!!

... SHIT, FUCKER!

I'll wait for the night to come
So far, suicide at home
For I'm not the man you know...
This love,
IT'S ABOUT CONTROL

YOU FUCKERS!

ALL IN THE NAME OF LOVE
ALL IN THE NAME OF LOVE
ALL IN THE NAME OF LOVE"

sexta-feira, agosto 10, 2007

QUEM?

EU! ... EU escrevo num blog... EU, o descarado e imprudente, o altivo e insolente... EU...


EU: amo-te...

Namorada: também te amo... muito.


Um simples e ligeiro diálogo que inadvertidamente me reacendeu uma ideia já antiga: a sincera noção de que cortejar uma pessoa com um intuito amoroso ou unicamente sexual, é pura e simplesmente um inconsciente (ou não) acto de masturbação mental.


Eu digo amo-te, ela cora, esboça um lindo sorriso, maravilhosamente delicado, e entre lábios profere as mesmas palavras, desta vez dirigidas a mim.


Da primeira vez que tal escoamento cerebral me ocorreu, encontrava-me a cortejar a minha actual namorada e (espero eu), a ultima que algum dia precisarei de ter, e deparei comigo a esboçar um sorriso de orelha a orelha de cada vez que a manobrava a dizer algo que eu previamente havia antevisto como uma consequência de algo que eu planeava dizer, daqui a provável consciencia do acto parentesiada* no primeiro paragrafo, inerente a pessoas com uma personalidade manipuladora.


Examinando com minúcia toda a interacção sujeito1/sujeito2 rapidamente se verifica que ambos tiram um amplo prazer das palavras por eles proferidas. Tudo o que é dito até ao ponto de dizer amo-te pode ser considerado como o acto propriamente dito; uma palavra, um gesto, uma oferta, e eventual retribuiçao, enquanto que o culminar da conversa, o tao esperado “amo-te” ou “casa-te comigo” ou “o meu carro tem um banco traseiro bastante espaçoso” é entao o climax, que os levará a um eventual acto com uma projecção física.


E tudo isto porque acordei no lado errado da cabeça...



*adoro inventar palavras

quarta-feira, agosto 08, 2007

Sonhos estranhos, muito calor e ensopado de borrego...

Devo ser uma criatura altamente alienigena, pois só sonho com cenas maradas pah!!! (tinha de fazer este desabafo... uma coisa e ser perseguida pela galinha do "Cow and Chicken" com uma serra electrica a querer decepar-me, outra coisa é sonhar com viagens de taxi!!! "alte" pesadelo!!!")

Enfim, depois de ter sido marinada num relaxante banho de sais, saí para a rua, enfrentar o calor absolutamente agonizante do Alentejo... Resultado: Ana ao suor como prato do dia...

Falando em prato do dia... APRESENTO AQUI, PÚBLICAMENTE, AS MINHAS SINCERAS DESCULPAS AO EMPREGADO DE MESA DO RESTAURANTE EM MOURA, QUE JÁ NAO SE DEVE LEMBRAR DA MINHA CARA, DO FACTO DE LHE TER DITO QUE O ENSOPADO DE BORREGO ESTAVA INTRAGÁVEL!!! PEÇO DESCULPA, ENTÃO, PELO MEU MAU FEITIO...

Agora, o que realmente interessa... Após tempos de penumbra e nevoeiro emocional, um sol luminoso, radiante e quente, banhou a minha vida... A docura do amor finalmente entrou em contacto com as minhas papilas gustativas...
Resultado: uma Ana renovada, fresca e airosa, com um sorriso parvo estampado na cara...
Obrigada a esse ser maravilhoso que torna a minha vida mais leve, mais bonita, mais suportavel... A alguém que me faz sentir amada, desejada, a pessoa mais maravilhosa e feliz!
Amo-te sweety!

Para que a minha felicidade fosse completa, falta aquilo que mais precioso uma pessoa tem: a saúde. As melhoras da minha mãe, e a sua recuperação...


"One love
One blood
One life
You got to do what you should

One life
With each other
Sisters
Brothers

One life
But were not the same
We get to carry each other
Carry each other..."

domingo, maio 20, 2007

Um pouco de poesia...

"Já a luz se apagou do chão do mundo,
deixei de ser mortal a noite inteira;
ofensa grave a minha, que tentei
misturar-me aos duendes na floresta.
De máscara perfeita, e corpo ausente,
a todos enganei, e ninguém nunca
saberia que ainda permaneço
deste lado do tempo onde sou gente.
Não fora o gesto humano de querer-te
como quem, tendo sede, vê na água
o reflexo da mão que a oferece,
seria folha de árvore ou sério gnomo
absorto no silêncio de uma rima
onde a morte cessasse para sempre."



António Franco Alexandre
Duende

domingo, maio 13, 2007

INXS Jools Holland 1994 Never Tear Us Apart (RARE)

Sem palavras...
Apenas um homem demasiado brilhante para este mundo...

A minha maior paixão platónica impossivel de concretizar...

Iremos sempre recordar-te com muita admiração (é neste momento que o nó na garganta se forma...), passados 10 anos ainda continuas a encantar, e a proporcionar momentos de puro deleite...

Normalmente não sou tão lamechas com pessoas que não conheco físicamente, mas o Michael Hutch e os INXS marcam um dos melhores momentos da minha vida. O DVD, "Live, Baby Live!" oferecido por uma pessoa muito especial, foi visto, re-visto, até à exaustão, num verão absolutamente fantástico, recheado de momentos que nunca vou esquecer...

"Never Tear Us Apart"; "The Stairs" (Sara, a nossa música!!!); "Beatiful Girl"... Poderia sublinhar tantas que significam tanto...


Hoje acordei nostálgica, ouvi a "velharia" toda... Recordei o passado, re-descobri alguns momentos, voltei-me a apaixonar por ex-namorados, toquei nas feridas que ainda não sararam completamente, desapaixonei-me pelos mesmos ex-namorados, reencontrei-me!!!

A velha "Jones" está de volta, sempre com aquela alegria, paixão, e vontade de viver a vida num segundo...

"Foi culpa da Lua..."

quinta-feira, maio 10, 2007

Janis Joplin - Piece Of My Heart (live in Germany '69)

Grande senhora!
(sim voltei a "postar" videos, mas é por um excelente motivo)

quinta-feira, maio 03, 2007

De volta ao normal...

Parando um bocado com a maluquice de ver um vídeo no youtube e mandar para aqui, decidi voltar a escrever qualquer coisa de útil à humanidade, quanto mais não seja à "minha" pequena humanidade...
Hoje desgracei-me... Decidi ver um episódio inteiro da Floribela... Perguntam-se como sobrevivi aquela mistura de excremento de búfalo com pozinhos de perlim-pim-pim sem sofrer danos irrecuperáveis no meu sistema operativo... Admito, formatei o disco e pus a correr um antiviruzantifloribela potentissimo...

Depois deste episódio deprimente, quem sofreu foi a minha arca congeladora, mais precisamente a terceira gaveta, canto inferior esquerdo (ou será o direito???), onde guardo quase religiosamente algo que faz com que todos os meus circuitos se restabeleçam, um balde de gelado Häagen-Dazs Doce de Leite... NHAMI!!!

Agora estou pronta para voltar a minha e pacata vida de estudante/ouvinte de death metal progressivo+outras coisas/bailarina nas horas vagas/emplastra de serviço em casas alheias/amiga chata "pa cacete"...

beijo aqui da amazónia

quarta-feira, maio 02, 2007

OPETH TRIBUTE

Não podia deixar passar este tributo em branco...
Opeth for ever...

terça-feira, maio 01, 2007

JP Simoes- Micamo @ Fnac Chiado

"Tinha-te a ti
Tinha-te a ti e tinha paz
num país que era ainda um sonho
onde a tristesa não tinha lugar
pois era uma canção
que não te ouvi cantar..."


JP Simões, simplesmente um dos melhores compositores/interpretes portugueses de sempre...

terça-feira, abril 24, 2007

Uxu Kalhus - Erva Cidreira

Não há mais nada a dizer...
Fritaria do melhor que há...
"Não me andes a falsear meu amor agora agora..."

Mr. Blues - Live FNAC - Hard Way

Grande concerto de Blues...
Estes gajos dão-lhe mesmo muito...

sábado, abril 21, 2007

O que pode acontecer se Dioníso se manifestar...

Já que ando numa onda filosófica, posso simplesmente dizer que, derivado a factos recentes na minha vida, não há nada melhor de que cometer umas loucuras de vez em quando...
Não medir as consequências dos nossos actos e sermos simplesmente aquilo que queremos ser, fazermos aquilo que realmente desejamos fazer, sem a "censura" da sociedade, sem o "isto não era suposto acontecer, não é ético/correcto"...
Ás vezes acontecem-nos coisas fantásticas se deixarmos a nossa natureza interior falar em vez da razão...


"O corpo diz aquilo que as palavras não conseguem..." Martha Graham

terça-feira, abril 03, 2007

Ternura

Com um leve rasgo de esperança...
Talvez ainda seja possível...
Depois de ser sugada por um "buraco negro", o lado de lá será terrível? Ou maravilhoso?
É uma imensa e inexplicável ternura a que sinto, mas será suficiente, ou o medo e a covardia irão ser mais fortes???

"Desvio dos teus ombros o lençol
que é feito de ternura amarrotada,
da frescura que vem depois do Sol,
quando depois do Sol não vem mais nada...

Olho a roupa no chão: que tempestade!
há restos de ternura pelo meio,
como vultos perdidos na cidade
em que uma tempestade sobreveio...

Começas a vestir-te, lentamente,
e é ternura também que vou vestindo,
para enfrentar lá fora aquela gente
que da nossa ternura anda sorrindo...

Mas ninguém sonha a pressa com que nós
a despimos assim que estamos sós!"

David Mourão Ferreira